18.4.09

Jornalismo de serviços na modernidade

O jornalismo de serviço é o pioneiro da história da imprensa. Na Roma Antiga, Júlio César mandava notícias das guerras e obituários serem talhados em madeira ou pedra. Mais adiante, no século XV, quando Gutenberg já tinha inventado a imprensa e existiam as folhas volantes, o termo jornalismo de serviços passou a ser usado porque essas folhas informavam acontecimentos extraordinários, bulas papais, proclamações políticas e tudo que devesse ser informado à população.

Os séculos foram passando e este tipo de jornalismo ganhou uma nova cara, mais genérica e dividida em segmentos. O primeiro a ser destacado pode ser o voltado para as mulheres em meados do século XIX, que trazia para a leitora informações úteis ao seu dia-a-dia. Por exemplo, como cuidar dos filhos, da casa, costura etc.

Criado nos Estados Unidos, o termo “Jornalismo de Serviços”, consiste em transformar a notícia em algo que tenha aplicação imediata e útil para o leitor. Uma opinião ou informação traduzida em qualquer tipo de gênero e direcionada exclusivamente ao interesse do público caracteriza esse tipo de jornalismo; como trânsito, previsão do tempo, cotação do dólar, classificados, eventos esportivos, shows, entre outros.

No Brasil este conceito se mantém ambíguo, pois a prática jornalística já é considerada uma prestação de serviço. Muitas teses são elaboradas a respeito deste assunto, nas quais se discutem pontos positivos e negativos. A maior parcela que se diz contra este tipo de jornalismo, justifica sua posição considerando o jornalismo de serviços uma ideologia do ‘não-conflito’, na qual não apresenta uma opinião, e por este motivo também é considerada uma forma de inocentar o sistema e reconstruir a realidade sob a ótica do consumo. Já os teóricos que defendem o serviço, utilizam a visão de orientação e “Guia da Vida” para se justificarem.

O que se pode afirmar deste tipo jornalístico é que ele mudou o jeito dos homens absorverem informações. Antigamente as pessoas liam o jornal inteiro, pois buscavam conhecimento, já atualmente adquiriu-se um hábito de selecionar aquilo que importa ao seu dia-a-dia. Por causa disso o formato dos jornais mudou para editorias, pois cada segmento da população lê aquilo que lhe interessa. O jornalismo de serviços demandou um novo meio de transmissão de informações, pois muitas vezes os jornais impressos e revistas não conseguiam informar em tempo real ou quase real aquilo que a população necessitava, por isso conforme o tempo foi passando foram criadas as mídias televisivas, radiofônicas e principalmente a on-line que possibilita uma informação de cunho rápido a uma população cada vez mais atribulada e sem tempo para “perder” com o ato de sentar e ler.

Por fim jornalismo de serviço é o ato de informar e orientar o receptor das notícias para que este não fique alienado ao que está ao seu redor, portanto este gênero pode ser considerado um dos mais complexos do jornalismo pois demanda uma rapidez e um grau de precisão maior do que qualquer outro segmento , pois este é o ”guia do homem moderno e capitalista”.



1.4.09

Formas de impressão

A tecnologia nas formas de impressão até hoje é um fator importante para a evolução da palavra escrita, desde os chineses até as impressoras domésticas. Os principais eventos se prendem as técnicas desenvolvidas durante a história, como se observa de uma forma rápida nessa linha do tempo, as principais técnicas nas formas de divulgar a palavra escrita que surgiram até o fim da década de 50.


Jornalismo: Um serviço em prol da mulher

É interessante observar a evolução do jornalismo de serviços. Ele acompanha as necessidades da sociedade e evolui de acordo com o contexto em que está inserido. Um exemplo claro disso é a imprensa feminina, que além de demonstrar esta evolução foi essencial para a consolidação do jornalismo de serviços.

A primeira revista feminina surgiu na França no fim do século XVII, intitulada de Mercúrio das Senhoras. A publicação durou pouco e deixou uma lacuna até que retornasse de vez no século XIX, numa época em que cabia à mulher a manutenção da casa e da família, e as publicações femininas serviam de percussoras deste comportamento a ser seguido.

Quatro grandes revistas nasceram nesta época e persistem até os dias de hoje: a Harper’s Bazaar, a Vogue (foto), a Cosmopolitan e a Elle Magazine. Com o tempo, elas passam a contribuir de maneira fundamental para a integração feminina na sociedade e principalmente no jornalismo, campo que era basicamente masculino. E então essas publicações deixam de ser feitas só para mulheres, mas principalmente por mulheres.

No Brasil, a primeira dessas publicações a deixar marcas históricas foi O Jornal das Senhoras, fundado em 1852 no Rio de Janeiro pela argentina Joana Paula Manso de Noronha. Tinha como temas assuntos que vemos até hoje nas revistas femininas, tais como moda, literatura e artes, mas não parava por aí. A revista objetivava abordar a necessidade da emancipação da mulher.

Em 1862 surgia o jornal O Belo Sexo, criado por Júlia de Albuquerque Sandy Aguiar e que tinha sua temática focada em assuntos religiosos e no progresso social da mulher.

Outros jornais foram surgindo ao longo do Século XIX. Em São Paulo, Josefina Álvares de Azevedo (irmã de Álvares de Azevedo) lança em 1888 A Família, que previamente defendia temas como o de "facilitar às mães de família uma leitura amena que as iniciasse nos deveres de esposa e mãe", mas após a Proclamação da República passa a ter um tom feminista reivindicando o direito de voto e de seguirem carreiras como médicas e professoras.

E o progresso continua no Século XX. Surgem as primeiras revistas femininas dirigidas por mulheres. Alguns exemplos são as revistas Única, Brasil Feminino, Fon Fon, e Vida Doméstica, que começavam a tratar, mesmo que sutilmente, temas como a sensualidade e começavam a trazer o rádio e o cinema para suas discussões. Com a chegada da revista Claudia foram surgindo edições mais elaboradas que conciliavam beleza, moda e culinária com política, sexo e cultura (uma característica que reflete a mulher de hoje, capaz de trabalhar, e ainda cuidar da família e de si mesma).

Como dito antes, a evolução da imprensa feminina caminha de acordo com o que está sendo vivido, a necessidade de conquistar um lugar social e político é refletida nos jornais e revistas, mas nunca deixando de lado características peculiares da mulher.
O grande truque está em dizer (e na maioria das vezes provar) que a mulher pode sim e mais do que isso, tem o direito de ocupar os mesmos lugares que os homens, mas para isso, ela não precisa deixar de ser mulher.

Fontes:
http://www.canaldaimprensa.com.br/canalant/nostalgia/decedicao/nostalgia1.htm
http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/catalogo/josefina_vida.html
http://www.fashionbubbles2.com/2007/midia-impressa-revista-feminina-parte-2/
http://tipografos.net/magazines/revistas-femininas.html
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=467FDS002